As investigações apontam que Ana Carolina, menina de 3 anos que teve morte cerebral declara nesta segunda-feira (22), foi vítima de tortura. A informação foi confirmada pelo delegado Célio Benício, diretor de Polícia do Interior, durante entrevista à TV Cidade Verde.

A vítima deu entrada no Hospital Júlio Hartman, em Esperantina na última segunda-feira (15). Devido a gravidade dos ferimentos, a menina precisou ser transfrida para o Hospital de Urgência de Teresina, onde foi constatada a morte encefálica. Os profissionais de saúde ao observarem as marcas de violência, principalmente na cabeça da menina, acionaram o conselho tutelar e a polícia civil.

A mãe e o padrasto de Ana Carolina foram presos ontem (23) no mesmo dia em que foi declarada a morte da criança. Os dois devem ser indiciados pelo crime de homicídio qualificado pela tortura.

“Lesão na região da cabeça, inclusive isso é atestado pelo médico legista, é tortura e o caso está sendo encarado como homicídio qualificado pela tortura e também encarado na Lei 1340 devido a violência doméstica no seio familiar de vítima de apenas três anos, no qual essa mãe teria a guarda legal dela” descreve Célio Benício. 

A prisão temporária tem duração de 30 dias mas pode ser prorrogada. Agora, a polícia aguarda laudos complementares para concluir o inquérito policial e indiciar os envolvidos. Segundo o diretor de Polícia do Interior, questões como agressões anteriores, se a violência fez parte de algum ritual e detalhes de como era o dia a dia da menina serão apurados, além de testemunhas, como vizinhos e familiares, que serão ouvidos.