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Divulgação
O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) acatou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPPI) contra o promotor de Justiça Maurício Verdejo Gonçalves Júnior e seu ex-assessor André Ricardo Bispo Lima. Eles são acusados de concussão, prevaricação, tráfico de influência e supressão de documentos.
De acordo com a investigação, Verdejo teria exigido do empresário Junno Pinheiro Campos de Sousa a quantia de R$ 3 milhões. Em contrapartida, se comprometeria a arquivar um procedimento investigatório e ainda interceder em favor do empresário em outro processo criminal. As negociações ocorreram entre julho e agosto de 2024, em Cajueiro da Praia e em Teresina.
Segundo a denúncia, o promotor alegava possuir influência dentro do próprio Tribunal de Justiça do Piauí e em tribunais superiores, prometendo até mesmo “enterrar” provas e documentos sigilosos. No dia 2 de agosto, Junno teria entregado parte do valor na residência do promotor. Já em 7 de agosto, ao repassar mais R$ 500 mil, o encontro foi flagrado pela Polícia Federal no condomínio onde Verdejo morava.
Durante buscas, foram apreendidos R$ 896 mil em espécie na casa do promotor. Além disso, ele é acusado de ter bloqueado remotamente o celular que havia sido apreendido, dificultando a análise pericial.
O ex-assessor André Ricardo também foi incluído na denúncia, acusado de participar das negociações e até de orientar a vítima na elaboração de petições para sustentar o arquivamento do procedimento investigatório.
Diante da gravidade do caso, o MPPI solicitou a prisão preventiva de Maurício Verdejo e a perda de seu cargo. A instituição ressaltou que os crimes atribuídos ao promotor atentam contra a dignidade do Ministério Público e violam princípios fundamentais da administração pública.