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Casal é preso suspeito de participação em execução promovida por facção criminosa na Zona Sul de Teresina
Divulgação
Um casal foi preso suspeito de envolvimento na morte de Francisco José Oliveira, de 29 anos, ocorrida em junho de 2024, na Vila Jerusalém, Zona Sul de Teresina. De acordo com a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime teria sido cometido dentro da residência dos suspeitos, utilizada como espaço para “julgamentos” promovidos pelo chamado Tribunal do Crime, mecanismo de punição de facções criminosas.
Segundo o delegado Jorge Terceiro, que conduz o inquérito, Francisco era usuário de drogas e teria cometido um furto na região, dominada por uma facção. O ato teria motivado a violenta retaliação. “Ele foi morto mediante uma série de espancamentos e uma sessão de tortura. Membros do grupo criminoso capturaram a vítima e a levaram para o imóvel, que funcionava como boca de fumo e pertencia aos dois suspeitos que foram presos”, detalhou o delegado.
A vítima foi brutalmente agredida até a morte e, posteriormente, teve o corpo jogado em um grotão próximo ao local do crime. As investigações revelaram que o casal preso não apenas presenciou os atos, mas também autorizou e participou da execução. A mulher é proprietária da casa onde ocorreu o crime, e o espaço já era monitorado pela polícia por atividades relacionadas ao tráfico de drogas.
“O imóvel era usado tanto para o tráfico quanto como local de punições internas da facção. O casal já havia sido preso anteriormente por tráfico no mesmo endereço. Com base nas evidências reunidas, conseguimos provar que eles estavam diretamente envolvidos na morte do rapaz”, afirmou Jorge Terceiro.
Ainda conforme o delegado, a intenção dos criminosos era, desde o início, matar a vítima, e não apenas aplicar uma punição. “Pelo grau das lesões, pelo cenário em que o corpo foi encontrado, ficou claro que se tratava de uma execução premeditada”, explicou.
O trabalho investigativo conseguiu identificar os autores, confirmar o local do crime e reunir provas suficientes para que a Justiça expedisse os mandados de prisão preventiva. “É um tipo de crime difícil de elucidar, devido à ausência de testemunhas e ao medo da comunidade em colaborar, mas conseguimos montar o quebra-cabeça e responsabilizar os envolvidos”, concluiu o delegado.