-
Tentativa de assalto termina com suspeito morto no Parque Piauí, zona Sul de Teresina
-
Padrasto é preso suspeito de matar adolescente grávida a facadas em Itaueira
-
Polícia Civil deflagra operação contra o tráfico de drogas e prende três pessoas em Parnaíba
-
Ex-marido diz que engenheira não aceita o término e o atacou com uma faca no Piauí
-
Capitão da Polícia Militar do Maranhão é morto a tiros por tenente dentro de quartel em São Luís
Estudante preso com R$ 3,5 milhões em cocaína diz que fazia entregas para pagar dívida de R$ 4 mil

Divulgação
Leonardo Araújo Meira, de 29 anos, foi preso pela Polícia Civil do Piauí na noite da última quarta-feira (28), no Posto Fiscal da Tabuleta, na entrada sul de Teresina, transportando cerca de 30 tabletes de cocaína avaliados em aproximadamente R$ 3,5 milhões. Em depoimento, o suspeito afirmou que fazia o transporte da droga para tentar abater uma dívida de R$ 4 mil com traficantes.
Estudante de enfermagem e motorista de aplicativo, Leonardo relatou que iniciou as viagens para o tráfico há cerca de quatro meses. “Cada vez que minha conta aumentava, eu fazia mais uma viagem para tentar diminuir”, contou à polícia. Esta seria a quarta entrega feita por ele, sempre partindo da cidade de Imperatriz, no Maranhão. Segundo o depoente, ele nunca soube exatamente a quantidade de droga transportada. “Me disseram apenas que era um caixote. Dessa vez, disseram que iam perdoar R$ 3 mil da dívida se eu topasse a viagem”, relatou.
Leonardo revelou que nunca teve contato direto com os traficantes. Toda a comunicação era feita por meio de mensagens de WhatsApp, onde recebia as instruções sobre os locais de coleta e entrega. As entregas anteriores teriam ocorrido em Timon (MA), geralmente em postos de combustíveis próximos à Avenida da Rodoviária.
O veículo utilizado no transporte, um Fiat Pulse, está registrado no nome do pai de Leonardo. Ele explicou que optou por colocar o carro em nome do pai porque seu nome não foi aprovado para o financiamento.
Durante a abordagem, o suspeito não apresentou resistência. Ele afirmou que ainda aguardava novas instruções para concluir a entrega quando foi detido. “A pessoa que ia receber ia me mandar o contato de outra pessoa. Eu ainda estava esperando essa mensagem”, declarou.
Indagado sobre a facção criminosa responsável pela droga, Leonardo disse desconhecer a origem exata, mas suspeita que o carregamento pertença ao grupo conhecido como B40, com atuação na região de Imperatriz.
As imagens divulgadas pela Polícia Civil chamaram atenção por um detalhe inusitado: os tabletes estavam embalados com fotos do ministro boliviano Carlos Eduardo Del Castillo, conhecido por sua atuação contra o narcotráfico na Bolívia. A suspeita é de que o carregamento seria distribuído em Teresina.
Nas redes sociais, Leonardo se apresentava como estudante de enfermagem e publicava fotos ao lado da família e de animais silvestres, destacando experiência com o resgate de répteis.
Ele foi autuado em flagrante e segue à disposição da Justiça. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).