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Fotos: Letícia Santos
Em vez de giz e silêncio, os sons do mercado, os cheiros da infância e as histórias das avós. No Piauí, alfabetizar deixou de ser apenas uma tarefa técnica para se tornar um ato de conexão com a cultura, o território e as emoções das crianças. Essa foi a proposta vivenciada no III Colóquio de Literatura Infantil do Programa Piauiense de Alfabetização na Idade Certa (PPAIC), promovido pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que reuniu educadores de todo o estado em Teresina.
O evento trouxe como tema “Contos, cantos e saberes: literatura, etnomatemática e oralidade como caminhos para a inclusão”, e apresentou um novo jeito de ensinar: mais vivo, mais próximo da realidade das crianças e mais encantador.
“A criança não precisa deixar sua identidade na porta da escola para aprender. Ela pode ser alfabetizada ouvindo histórias da comunidade, medindo café com a mãe, somando com balança de feira e cantando músicas que embalam sua infância”, explica o ssecretário de Estado da Educação, Washington Bandeira. “É isso que estamos fazendo no Piauí: construindo uma educação pública com identidade, afeto e resultados”, complementou o gestor.

Alfabetização com farinha e poesia
Durante o Colóquio, coordenadores pedagógicos, formadores e professores vivenciaram práticas que unem literatura, matemática e oralidade. A proposta é ensinar conteúdos, como leitura, escrita e noções numéricas, por meio da tradição oral, da cultura popular e das vivências do dia a dia como, por exemplo, calcular medidas de uma receita caseira ou explorar o valor simbólico de um punhado de farinha.

O espaço do evento foi ambientado como uma sala de aula sensorial. Com tapetes táteis, objetos de feira, jogos inclusivos e elementos visuais das culturas indígenas e afro-brasileira, a Seduc ainda criou uma experiência imersiva e simbólica que reforça a potência da diversidade cultural brasileira e que pode ser aproveitada pelos professores durante as aulas.
Primeira infância no centro da política pública
O evento também reforça o compromisso do Governo do Estado com a alfabetização na idade certa e o cuidado integral com a primeira infância. A primeira-dama e coordenadora do Pacto pelas Crianças do Piauí, Isabel Fonteles, participou do colóquio e destacou o papel do regime de colaboração entre estado e municípios.
“A principal meta do governador Rafael Fonteles é garantir que toda criança piauiense aprenda a ler e escrever no tempo certo. Isso só é possível com apoio técnico aos municípios, formação continuada e políticas intersetoriais. O PPAIC é um exemplo desse trabalho coletivo em defesa da infância”, afirmou.
A programação incluiu apresentações de alunos da rede pública, como o coral infantil da Escola Municipal Lindolfo Uchôa, de Barras, e a peça teatral do Ceti Sinval de Castro, de Teresina — mostrando que, com espaço e estímulo, a escola pode ser também lugar de arte, emoção e pertencimento.
Resultados e expansão
O Programa Piauiense de Alfabetização na Idade Certa (PPAIC) reúne os 224 municípios piauienses, atendendo hoje mais de 211 mil estudantes em aproximadamente 2.734 escolas.
O modelo piauiense é hoje referência para outros estados por articular formação docente para cerca de 15 mil professores, apoio técnico, materiais didáticos contextualizados e forte envolvimento das comunidades escolares.

Essas ações fizeram o Piauí conquistar o Selo Ouro do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada 2024, ficando em 2ª posição entre os 27 entes federativos, com 175 municípios certificados, entre eles, 111 com nota máxima.