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Divulgação
Estações sismológicas localizadas em Pedro II, no Norte do Piauí, e em Floriano, no Sul do estado, registraram um tremor de terra de magnitude 4.0 ocorrido nas regiões de Caxias e Parnarama, no Leste Maranhense. O abalo, detectado na noite de quinta-feira (13), foi sentido em áreas que ficam a cerca de 65 km de Teresina.
Nas redes sociais, moradores relataram vibrações e pequenos sustos durante o fenômeno. Apesar da inquietação, o Corpo de Bombeiros do Maranhão informou que, até o momento, não há registros de danos materiais ou feridos.
O doutorando em Geografia Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rafael J. Marques, explicou que o tremor ocorreu entre 22h07 e 22h30 e foi captado tanto pelo Android Earthquake Alerts System quanto por estações sismológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
“As duas estações em território piauiense — que registraram quatro tremores — fazem parte do LabSis/UFRN, que possui 55 unidades instaladas no Brasil, com maior concentração no Nordeste”, detalhou Marques.
A região atingida pelo abalo sísmico fica na faixa do médio Parnaíba, entre os municípios de Caxias e Parnarama. Segundo especialistas, o episódio chama atenção por ter ocorrido em uma área profunda da Bacia Sedimentar do Rio Parnaíba.
A Defesa Civil do Piauí informou que está em contato com as defesas civis municipais do Maranhão para reunir mais informações sobre o evento sísmico.
Embora o tremor tenha causado apreensão, o professor ressaltou que abalos nessa magnitude são considerados de baixo impacto, mas ainda perceptíveis, dependendo da profundidade e da localização do epicentro.
“Pode gerar, inicialmente, pequenas rachaduras em residências, mas isso depende da estrutura das edificações e da intensidade local do tremor. Apesar de ser de baixa magnitude, foi sentido”, afirmou o pesquisador.
Marques também explicou que as prováveis causas do fenômeno podem estar relacionadas à atividade em um lineamento estrutural existente na região, identificado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
“Esses lineamentos são feições geológicas retilíneas controladas por fraturas que representam zonas de fraqueza na crosta, como falhas e zonas de cisalhamento. O abalo pode ter sido provocado por acúmulo de tensão ou acomodação de blocos rochosos”, completou.
O Laboratório Sismológico da UFRN segue monitorando toda a atividade sísmica no Maranhão e no Nordeste.