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Divulgação
A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) interditou 31 postos de combustíveis em 11 cidades do estado, durante nova fase da Operação Carbono Oculto, deflagrada na manhã desta quarta-feira (5). A ação mira fraudes na comercialização de combustíveis, lavagem de dinheiro e ligação de empresários com organizações criminosas, entre elas o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em Teresina, foram 16 postos interditados, localizados nas zonas Sul, Leste e Norte da capital. As fiscalizações contaram com o apoio do Instituto de Metrologia do Piauí (IMEPI) e da Delegacia de Crimes contra a Ordem Tributária (DECCOTERC), que verificaram irregularidades em bombas, manipulação eletrônica e adulterações nos sistemas de medição.
Confira alguns dos postos interditados em Teresina
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Posto HD 06 – Buenos Aires
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Posto HD 14 / Posto Diamante 14 – Zoobotânico
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Posto HD 05 – Mafrense
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Posto HD 13 – Fátima
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Posto HD 09 – Santa Isabel
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Posto HD 01 – Noivos
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Posto HD 10 / Posto Diamante 10 – Centro
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Posto HD 18 – Itararé
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Posto HD 04 – Dirceu II
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Posto HD 08 / Posto Diamante 08 – Cidade Nova
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Posto HD 07 / Posto Diamante 07 – Santo Antônio
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Posto HD 20 – Angelim
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HD Petróleo Premium Ltda – Parque Itararé
Além da capital, foram interditados postos em Parnaíba, Altos, São João da Fronteira, Demerval Lobão, Lagoa do Piauí, Miguel Leão, Oeiras, Picos, Uruçuí e Canto do Buriti.
Segundo o IMEPI, há indícios de fraudes eletrônicas em bombas que reduziam o volume de combustível entregue ao consumidor, além de irregularidades fiscais e ausência de documentação ambiental. Em alguns casos, postos de uma mesma rede apresentavam o mesmo padrão de manipulação, o que reforça a hipótese de um esquema coordenado.
Esquema de lavagem de dinheiro
As investigações indicam que grupos empresariais do setor de combustíveis teriam sido usados para lavar recursos oriundos do crime organizado. Entre os alvos da operação estão empresários, suas esposas e o ex-vereador de Teresina Victor Linhares (PP), que teve endereços ligados a ele incluídos nos mandados de busca e apreensão.
No total, 49 postos em três estados (PI, MA e TO) foram alvos da ação, batizada de Carbono Oculto 86, que apura fraudes bilionárias no mercado de combustíveis.
Operação e investigações
A Operação Carbono Oculto é uma força-tarefa nacional que reúne SSP-PI, Gaeco, Draco, Receita Federal, IMEPI e ANP, com o objetivo de desmontar um esquema de adulteração e lavagem de dinheiro estimado em mais de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.
O grupo investigado teria criado uma rede de empresas de fachada e fintechs para ocultar o dinheiro ilícito, além de controlar postos, distribuidoras e transportadoras em vários estados.
De acordo com o coordenador da operação, delegado Charles Pessoa, os trabalhos desta quarta-feira marcam uma etapa de repressão local contra estabelecimentos que lesam o consumidor e o Estado.
“Essas ações são fundamentais para combater a adulteração e a sonegação fiscal, que impactam diretamente o bolso do cidadão e a concorrência leal”, destacou.