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Diretor do IMEPI é ameaçado após ajudar SSP contra adulteração de combustíveis pelo PCC no Piauí
Divulgação
O diretor-geral do Instituto de Metrologia do Estado do Piauí (IMEPI), Júnior Macêdo, revelou estar sendo alvo de ameaças e tentativas de intimidação por parte de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo ele, as investidas ocorreram após a colaboração do órgão com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI) na interdição de postos envolvidos no esquema desarticulado pela Operação Carbono Oculto 86.
A operação, deflagrada no dia 5 de novembro, teve como foco a infiltração do PCC no setor de combustíveis nos estados do Piauí, Tocantins e Maranhão. O grupo utilizava empresas de fachada, fintechs e fraudes fiscais para movimentar recursos ilícitos, lavando mais de R$ 5 bilhões entre 2023 e 2025.
Durante a ação, 49 postos foram interditados, sendo 16 em Teresina, com destaque para unidades pertencentes à rede HD, um dos principais alvos da investigação. O IMEPI e o INMETRO atuaram em conjunto com a SSP-PI para identificar e interditar estabelecimentos com combustíveis adulterados, garantindo o cumprimento das normas técnicas.
Júnior Macêdo relatou que, nas últimas semanas, emissários ligados às facções tentaram comprar seu cargo, oferecendo R$ 500 mil para interferir nas ações do instituto.
“Fomos pressionados por parte deles, procurando pessoas próximas, oferecendo dinheiro pelo nosso cargo. Isso aconteceu nos últimos 15 dias. São emissários que a polícia está investigando, ligados a facções criminosas”, afirmou.
O diretor destacou ainda que o IMEPI já vinha atuando em parceria com a SSP-PI antes mesmo da operação, fiscalizando postos reincidentes na adulteração de combustíveis e descumprimento de penalidades administrativas.
“A gente não está aqui para multar nem prender, mas para fazer o certo, para seguir as normas que o INMETRO determina e garantir boas relações de consumo entre a indústria e o consumidor final. O IMEPI não vai parar. Vamos continuar nosso trabalho para descobrir esse tipo de fraude que tanto prejudica o consumidor. Estamos aqui para defender a sociedade piauiense”, reforçou Macêdo.
A Operação Carbono Oculto 86 segue em andamento, com a polícia aprofundando as investigações sobre a participação de empresários e organizações criminosas no esquema de adulteração e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.