Polícia

Empresária Nayanna Fonseca usava empresas de fachada para lavar dinheiro, diz polícia

Divulgação

A empresária Nayanna Lima Fonseca foi presa nesta quarta-feira (24) durante a Operação Jogo Sujo 3, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí. Ela é investigada por envolvimento em um esquema de jogos de azar ilegais e pela divulgação de plataformas de apostas online. A prisão ocorreu em um condomínio de luxo na zona Leste de Teresina.

Empresas de fachada

De acordo com o delegado Humberto Mácola, coordenador do Departamento de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), Nayanna utilizava diversas empresas registradas em seu nome, muitas delas apenas no papel, como forma de lavar dinheiro e ocultar valores ilícitos.

“Muitas empresas só existem no papel. É um forte indício de lavagem de dinheiro e ocultação. As investigações comprovaram movimentações que não eram declaradas. Quando a gente deflagra uma operação dessa é porque as provas são robustas e não há o que negar”, explicou o delegado.

Ele também deixou um alerta à população: “A internet é maravilhosa para tudo, mas qualquer pessoa que utilize as redes sociais para cometer crimes, contravenções penais, lavagem de dinheiro ou associação criminosa será alcançada pela Polícia Civil.”

Esquema criminoso

A Operação Jogo Sujo 3 integra o programa estratégico Pacto Pela Ordem e teve ações nas zonas Norte, Sul e Leste da capital. O objetivo foi combater a exploração de jogos de azar, além de crimes ligados à organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As investigações indicam que os suspeitos utilizavam contas de demonstração (“contas demo”) para simular ganhos fictícios e atrair seguidores para as plataformas ilegais de apostas. Em alguns casos, vítimas relataram prejuízos que chegaram a centenas de milhares de reais.

O delegado Matheus Zanatta destacou que a Justiça autorizou o sequestro de veículos, o bloqueio de imóveis e a indisponibilidade de valores dos investigados. “Essas pessoas não têm compaixão. Fazem com que seguidores percam dinheiro em plataformas ilegais”, afirmou.