Polícia

Empresários alvos da Operação Carbono Oculto 86 prestam depoimento no DRACO em Teresina

Divulgação

Os empresários Haran Santiago e Danilo Coelho, alvos da Operação Carbono Oculto 86, prestam depoimento nesta quinta-feira (6) na sede do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), em Teresina. Pela manhã, foram ouvidos Haran e sua esposa; no período da tarde, será a vez de Danilo e da companheira.

A operação, deflagrada pela Secretaria da Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), investiga a infiltração da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis, com indícios de movimentações financeiras bilionárias envolvendo empresas de fachada e esquemas de lavagem de dinheiro.

Na noite de quarta-feira (5), os empresários também foram alvo de mandados de busca e apreensão itinerante, cumpridos nos aeroportos de Teresina e de Guarulhos (SP). Durante as diligências, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, pertences pessoais e valores em dinheiro.

O delegado Laércio Evangelista, coordenador do DRACO, explicou que as medidas foram adotadas para garantir o cumprimento das restrições judiciais impostas aos investigados e evitar qualquer tipo de comunicação entre eles.

“Além das medidas restritivas impostas, nós solicitamos mandados de busca e apreensão itinerante, ou seja, que pudessem ser cumpridos onde eles fossem localizados”, afirmou o delegado.

Entre as determinações judiciais, os empresários estão proibidos de deixar o país, sair da comarca de Teresina e manter contato entre si, inclusive por meio de terceiros ou redes sociais.

O delegado Laércio Evangelista acrescentou ainda que foram solicitadas medidas cautelares, como o bloqueio de bens móveis e imóveis, sequestro de veículos e aeronaves, além da entrega dos passaportes na sede da Polícia Federal em até 48 horas, devido às frequentes viagens realizadas pelos investigados.

“As medidas fazem parte do andamento das investigações e reforçam o trabalho da Polícia Civil em garantir a aplicação de restrições e a fiscalização sobre os investigados”, concluiu o coordenador.