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Mãe é suspeita de mandar torturar e matar a própria filha; polícia investiga estupro antes do crime

Divulgação

A Polícia Civil de Pernambuco investiga se Allani Rayanne Santos, de 24 anos, sofreu violência sexual antes de ser assassinada. A jovem foi encontrada amarrada e com sinais de tortura na casa onde morava, no Residencial Neusa Garcia, bairro Luiz Gonzaga, em Caruaru, no Agreste do estado. A mãe da vítima, Andrea Maria dos Santos da Silva, e o companheiro, Josemi José de Santana Filho, estão presos preventivamente por suspeita de envolvimento no crime.

A possibilidade de estupro consta no Boletim de Identificação de Cadáver, anexado à decisão da audiência de custódia. O documento menciona a hipótese de “relação sexual prévia ou estupro”. Diante disso, material genético foi coletado e enviado para análise. Segundo o delegado Eric Costa, os exames tanatoscópico e sexológico serão determinantes para confirmar ou descartar a violência sexual. O resultado deve ser divulgado nos próximos dias.

O delegado afirmou ainda que a investigação apura fatos que antecederam o crime e que podem indicar a ocorrência de estupro, mas não divulgou detalhes devido ao sigilo do caso.

Motivação pode estar ligada à herança

De acordo com a Polícia Civil, o crime pode ter sido motivado por uma herança deixada pelo avô de Allani. Em depoimento, Josemi admitiu ter exigido que a jovem transferisse o dinheiro e que a recusa teria antecedido as agressões. Ele confessou o homicídio.

Como aconteceu o crime

Allani foi encontrada morta na madrugada de segunda-feira (17). Além de estar amarrada, apresentava lesões graves compatíveis com tortura. A investigação aponta que uma enxada de jardim e uma faca foram usadas no crime.

Imagens de câmeras de segurança registraram Josemi descartando, em um matagal, objetos utilizados para torturar a jovem. O material foi recolhido e está em perícia.

A mãe da vítima, Andrea, foi presa preventivamente sob suspeita de ser a mandante do crime, motivado pelo interesse financeiro. Josemi, que mantinha um relacionamento amoroso com ela, confessou o assassinato. O casal pretendia ficar com o valor da herança.

Ambos passaram por audiência de custódia e seguem presos enquanto a polícia e a Justiça apuram o papel de cada um no crime.