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PCC escolheu o Piauí para lavar dinheiro por acreditar em “menos fiscalização”, afirma secretário Chico Lucas
Divulgação
O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, afirmou nesta quarta-feira (5) que o Primeiro Comando da Capital (PCC) escolheu o estado como base para lavagem de dinheiro por considerar que encontraria “menos fiscalização” e uma estrutura institucional mais frágil.
Segundo o gestor, a facção via o Piauí como um território de baixo risco para movimentações financeiras ilícitas.
“Tem o Tocantins, interior do Maranhão, interior do Piauí. Na nossa visão, e a gente vai aprofundar as investigações, o braço financeiro pesou. Eles pensaram que teria menos fiscalização no Piauí porque aqui, para o pessoal do Sul, é um estado com menos estrutura. A gente não está tão habituado a enfrentar organizações criminosas, principalmente o braço financeiro. Mas felizmente aqui tanto o Procon como o Imepi e a polícia funcionam muito bem, e todos foram autuados”, declarou Chico Lucas.
Operação Carbono Oculto 86
A declaração foi dada após a deflagração da Operação Carbono Oculto 86, que interditou 31 postos de combustíveis no Piauí nesta quarta-feira. A ação, conduzida pela Polícia Civil e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI), investiga a infiltração do PCC no setor de combustíveis e a lavagem de cerca de R$ 5 bilhões por meio de empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs.
As medidas atingem empresas ligadas a um mesmo grupo econômico, suspeito de movimentar valores expressivos através de transações financeiras atípicas. Conforme as investigações, a rede de empresários e operadores financeiros atuava em diversos estados e mantinha conexão direta com o braço financeiro da facção criminosa.
Expansão das investigações
A Carbono Oculto 86 é uma continuação da operação homônima deflagrada em agosto, considerada a maior ofensiva já registrada contra o crime organizado no país. A nova fase ampliou o alcance das apurações para os estados do Maranhão e Tocantins, totalizando 49 postos interditados até o momento.
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu um avião modelo Cessna Aircraft e um Porsche avaliado em R$ 500 mil, pertencentes ao empresário Haran Santhiago Girão Sampaio, investigado por participação no esquema. De acordo com a SSP-PI, os bens seriam parte de um processo de ocultação de patrimônio ligado ao braço financeiro do PCC.