A vereadora de Teresina, Tatiana Medeiros (PSB), está no centro de uma investigação da Polícia Federal que aponta o envolvimento da parlamentar em um robusto esquema de compra de votos nas eleições de 2024. Presa desde o dia 4 de abril, Tatiana teria movimentado mais de R$ 9 milhões para cooptar eleitores, segundo dados obtidos pela PF.

Os valores teriam sido transferidos por meio de operações via PIX, com o suporte direto de seu namorado, Alandilson Cardoso Passos, preso em novembro do ano passado em Belo Horizonte (MG), suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas. De acordo com a investigação, Alandilson era o responsável por operacionalizar os repasses financeiros aos eleitores, atuando como peça-chave no esquema fraudulento.

Além das acusações de compra de votos, a parlamentar também estaria ligada a uma facção criminosa que atua na capital piauiense, o que agrava ainda mais sua situação jurídica. Por ordem judicial, Tatiana Medeiros cumpre prisão preventiva em uma sala de Estado-Maior no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí.

Fontes da Rede Meio informaram ainda que a vereadora tem enfrentado crises de ansiedade desde que foi detida, sendo atendida por psicólogos pelo menos duas vezes desde o início do seu encarceramento.

O inquérito conduzido pela Polícia Federal deve ser concluído até a próxima sexta-feira, dia 2 de maio, prazo determinado pela Justiça para o encerramento das investigações.