Política

Governador Rafael Fonteles e secretário Chico Lucas se reúnem com ministro Ricardo Lewandowski para tratar da Operação Carbono Oculto 86

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O governador Rafael Fonteles e o secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, participam nesta quinta-feira (6), em Brasília, de uma reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para discutir o avanço das investigações da Operação Carbono Oculto 86. O encontro deve tratar da infiltração de facções criminosas no setor de combustíveis e das ações conjuntas entre os governos estadual e federal no combate ao crime organizado.

Segundo Chico Lucas, as investigações revelaram um amplo esquema de lavagem de dinheiro com atuação em todo o país.

“A atuação acontece em quase todos os estados, não é só um problema do Piauí, é um problema nacional partindo de São Paulo”, destacou o secretário.

Ele ressaltou ainda a importância da parceria com o Ministério Público de São Paulo, o Instituto de Metrologia do Piauí (Imepi) e o Procon, que vêm contribuindo na identificação das fraudes no setor de combustíveis.

Deflagrada na última quarta-feira (5), a Operação Carbono Oculto 86 resultou na interdição de 31 postos de combustíveis no Piauí e investiga um esquema de lavagem de dinheiro estimado em R$ 5 bilhões, envolvendo empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs.

A nova etapa é uma continuação da operação iniciada em agosto, considerada a maior ofensiva contra o crime organizado no país, e agora ampliou o alcance das investigações para os estados do Maranhão e Tocantins, totalizando 49 postos interditados.

Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu um avião modelo Cessna Aircraft e um Porsche avaliado em R$ 500 mil, bens pertencentes ao empresário Haran Santhiago Girão Sampaio, investigado por envolvimento nas transações suspeitas.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, os bens apreendidos integram um esquema de ocultação de patrimônio ligado a facções criminosas com atuação interestadual, reforçando a necessidade de integração entre os órgãos de segurança para desarticular a rede financeira dessas organizações.