-
PF aponta movimentação de R$ 30 milhões em contas de Jair Bolsonaro em um ano
-
Eduardo Bolsonaro xinga pai em conversas divulgadas pela PF
-
Moraes reage a sanções dos EUA e alerta que bancos podem ser punidos no Brasil
-
Pesquisa Quaest: 46% aprovam o governo Lula, que alcança melhor aprovação desde janeiro
-
Na Conferência Estadual das Cidades, Rafael Fonteles defende que políticas públicas precisam da escuta ativa da população

Divulgação
A Polícia Federal (PF) estruturou uma sala especial que poderá ser usada em caso de prisão em regime fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente em recolhimento domiciliar. O espaço está localizado no térreo da Superintendência da PF no Distrito Federal, no Setor Policial de Brasília. Com informações da CNN.
ESPAÇO ADAPTADO
Segundo informações da corporação, a sala foi adaptada há cerca de três meses e pode ser destinada a outras autoridades, não tendo sido montada exclusivamente para Bolsonaro. O local dispõe de cama, mesa de trabalho, cadeira, televisão e banheiro privativo, nos mesmos moldes da sala que abrigou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Superintendência da PF em Curitiba, entre 2018 e 2019.
Outro ex-presidente, Fernando Collor de Mello, também cumpriu prisão temporária em uma sala adaptada, na época ocupando o espaço do diretor do presídio estadual de Maceió (AL). Juristas apontam que ex-presidentes têm direito a celas especiais em eventuais detenções.
Policiais ouvidos de forma reservada afirmam que a preparação da sala faz parte de um protocolo de custódia individual, que poderia ser adotado caso o Supremo Tribunal Federal (STF) determine uma prisão em regime fechado. Entre as alternativas avaliadas estariam a custódia em batalhão militar ou na própria sede da PF em Brasília.
A adaptação do espaço ocorreu após consulta da cúpula da PF e da Vara de Execuções Penais do DF sobre a possibilidade de ter uma estrutura específica para abrigar o ex-presidente.
INDICIAMENTO
Na quarta-feira (20), Bolsonaro foi indiciado em mais um inquérito da PF, desta vez pelos crimes de coação no curso de processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A investigação aponta que ele e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) buscaram influenciar autoridades norte-americanas contra o andamento do processo judicial sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil.