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Divulgação
Na manhã desta quinta-feira (24), autoridades policiais apreenderam um celular, um disco rígido e alguns documentos contendo anotações eleitorais pertencentes a Jair Renan Bolsonaro. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conhecido como "filho 04", tornou-se alvo de mandados de busca e apreensão como parte da operação Nexum Jair Renan, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). As investigações estão concentradas em desvendar um esquema abrangente envolvendo estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
O advogado Admar Gonzaga, que agora representa Jair Renan, destacou que seu cliente está tranquilo. "Temos que olhar o assunto por dentro porque o alvo é outra pessoa que era instrutor de tiro do Renan. Qualquer um pode ser alvo de falsificação", afirmou Gonzaga, referindo-se ao instrutor Maciel Carvalho, o qual é a peça central dessa operação.
O advogado assumiu o caso no próprio dia da operação e revelou que está se dirigindo a Santa Catarina para encontrar o filho de Bolsonaro. Ele também solicitou acesso aos autos para entender os fundamentos do mandado contra o filho 04 do ex-presidente. Segundo Gonzaga, os papéis apreendidos possuíam anotações sobre o quociente eleitoral da última eleição.
No total, sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, juntamente com dois mandados de prisão, em Brasília e Balneário Camboriú, Santa Catarina. A investigação visa principalmente Maciel Carvalho, o suposto mentor do esquema, que já foi alvo de duas ações da PCDF neste ano, denominadas "Operação Succedere" e "Falso Coach". Maciel, que também era instrutor de tiro de Jair Renan, foi preso em janeiro deste ano.
Foco da operação
Maciel é o foco de um mandado de prisão preventiva. Outro indivíduo sob investigação teve a prisão decretada, porém encontra-se foragido, além de ser procurado por um homicídio ocorrido em Planaltina/DF.
O modus operandi do grupo envolveria o uso de "laranjas" e empresas fantasmas. Eles alegadamente utilizavam a identidade falsa de Antônio Amâncio Alves Mandarrari para abrir contas bancárias e aparentar serem os proprietários das empresas fictícias.
Segundo as investigações, os suspeitos teriam falsificado registros de faturamento e outros documentos das empresas sob investigação, utilizando dados de contadores sem a devida autorização.
Os alvos da operação enfrentam suspeitas de crimes como falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, infrações contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.
Emissão de nota
Em comunicado, as autoridades divulgaram que "o principal alvo da operação e mentor do esquema coleciona registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo e, no ano de 2023, já foi alvo de duas operações da PCDF". Os materiais apreendidos nas operações anteriores desencadearam uma nova investigação, revelando um amplo esquema de fraudes envolvendo estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, com o propósito final de salvaguardar o patrimônio dos envolvidos.
O comunicado da polícia também informou que "a investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, testa de ferro ou laranja, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas fantasmas, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas".