-
Em entrevista, governador destaca queda de 70% no roubo de celulares em Teresina
-
“Missão cumprida”: Washington Bandeira se despede da Secretaria de Educação do Piauí
-
Governador Rafael Fonteles anuncia saída de Washington Bandeira da Secretaria de Educação
-
Prefeito de Teresina segue internado e aguarda definição sobre alta médica
-
Prefeito Silvio Mendes é internado de forma preventiva após quadro de virose
Vereador Fernando Lima renuncia à presidência da CPI do Lixo e se recusa a assinar relatório final
Divulgação
O vereador Fernando Lima (PDT) renunciou à presidência da CPI do Lixo na Câmara Municipal de Teresina e declarou que não irá assinar o relatório final apresentado nesta terça-feira (2). Segundo o parlamentar, ele foi voto vencido dentro da comissão e foi o único, entre os quatro vereadores presentes, a se posicionar contra a apresentação do documento, que tem como relator o vereador Deolindo Moura (PT).
Fernando Lima disse que identificou discrepâncias entre os depoimentos colhidos ao longo das oitivas e os pontos descritos no relatório final. Por isso, decidiu deixar a presidência e reafirma que não endossará o resultado.
“Eu já renunciei e por esse motivo não vou assinar o relatório. Esse é o entendimento que tenho diante de tudo que vi e ouvi durante a comissão. Eu faço questão de não assinar. Para mim, não é um relatório satisfatório para o município, para Teresina, para o serviço de coleta de lixo”, afirmou.
O vereador destacou que, apesar de reconhecer prejuízos ao município, sua principal defesa é pela realização de uma licitação definitiva para o serviço de limpeza pública, evitando contratações emergenciais repetidas. Ao todo, 11 pessoas foram ouvidas durante a CPI — e duas delas, segundo ele, apresentaram pontos que evidenciam divergências importantes.
Entre elas, o ex-procurador-geral do município Ricardo Martins e o diretor de infraestrutura do TCE-PI, Bruno Camargo, que questionaram irregularidades indicadas pelo Tribunal de Contas. Um dos pontos citados por Fernando Lima diz respeito ao valor cobrado pelo recolhimento do resíduo inerte, que estaria sendo pago pelo mesmo valor do resíduo não inerte, apesar de, segundo comparações com outras capitais, o custo por tonelada do material inerte ser significativamente menor.
“Em outras capitais o valor é de cerca de R$ 56 a tonelada. Aqui está sendo cobrado cerca de R$ 159. São pontos discrepantes que não podemos admitir que passem despercebidos, muito menos permitir que o município de Teresina seja lesado dessa forma”, concluiu.
O que é a CPI do Lixo?
Instaurada por meio do Requerimento nº 891/2025, a CPI do Lixo foi criada para apurar possíveis irregularidades em contratações emergenciais para os serviços de limpeza urbana na capital. Durante os trabalhos, foram analisados documentos e colhidos depoimentos de ex-gestores da Semduh, representantes de empresas prestadoras do serviço, vereadores e dirigentes sindicais.
Algumas empresas envolvidas foram convocadas, mas não compareceram, gerando discussões sobre possíveis medidas coercitivas. O Consórcio Recicle, por exemplo, negou responsabilidade pela crise na coleta, enquanto a empresa Litucera não se manifestou perante a comissão.
O relatório final foi apresentado nesta terça-feira, sem o aval do então presidente, Fernando Lima.