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Consórcio Nordeste assina acordo com Banco do Brasil e iCS para impulsionar industrialização verde na região
Divulgação
O Consórcio Nordeste deu um passo decisivo rumo à industrialização verde da região. Na tarde de quarta-feira (12), durante evento no Espaço Brasil Nordeste, na COP30, em Belém, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) com o Banco do Brasil e o Instituto Clima e Sociedade (iCS). O acordo tem como objetivo preparar o Nordeste para atrair indústrias sustentáveis e intensivas em energia limpa, fortalecendo cadeias produtivas circulares e gerando empregos qualificados.
O presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Rafael Fonteles, destacou que a parceria é estratégica para potencializar os investimentos na transição energética e na industrialização verde.
“O Banco do Brasil, esse importante parceiro do Nordeste brasileiro, chega para potencializar o financiamento da transição energética e da industrialização verde. Vamos impulsionar os grandes projetos que estão se instalando nos estados nordestinos dentro dessa lógica da descarbonização da economia, aproveitando a energia limpa e abundante que temos — a matriz elétrica mais limpa do Brasil e do mundo”, afirmou Fonteles.
O vice-presidente de Negócios, Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, ressaltou o papel da instituição na criação de um modelo financeiro que apoie o crescimento sustentável da região.
“Estamos trabalhando junto com o Consórcio Nordeste e o iCS para criar uma nova taxonomia, identificando os ramos da indústria prioritários para impulsionar esse grande sonho que é a industrialização do Nordeste”, declarou.
Representando o iCS, Victoria Santos, gerente de Transição Energética, Industrial e de Transportes, e o professor Jorge Arbache, da Universidade de Brasília — criador do conceito de powershoring —, também participaram da assinatura.
O termo powershoring se refere à realocação estratégica da produção industrial para regiões que oferecem energia limpa, abundante e de baixo custo, como o Nordeste brasileiro, que reúne os melhores ventos e índices de irradiação solar do país.
Segundo Arbache, o momento é histórico:
“O Nordeste encontra um lugar ideal para indústrias intensivas em energia que precisam se descarbonizar e entrar em novos mercados. Essa decisão política dos governadores pode ser transformadora, promovendo um novo ciclo de desenvolvimento, geração de empregos e redução da pobreza”, afirmou.
A governadora Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, reforçou a importância da integração regional.
“Todas as agendas que estamos desenvolvendo mostram que o Nordeste, por sua força e potencial, tem tudo para ser o motor do desenvolvimento do Brasil”, disse.
O acordo também prevê a elaboração de uma taxonomia para investimentos em powershoring, alinhada a princípios de finanças sustentáveis. Essa estrutura servirá de base para políticas de crédito, critérios de investimento e parcerias público-privadas, além de estimular o diálogo entre instituições financeiras, governos e sociedade civil.
Entre as ações previstas estão:
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Estudos conjuntos, workshops e fóruns de diálogo para identificar oportunidades e desafios;
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Compartilhamento de informações e boas práticas sobre mecanismos financeiros e governança sustentável;
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Apoio à estruturação de projetos-piloto e iniciativas de demonstração na região.
O MoU também apoiará o Fórum Interinstitucional de Powershoring, criado pelo Consórcio Nordeste e pelo iCS, com a missão de articular esforços entre governos, setor privado, financiadores, academia e sociedade civil para acelerar a implantação das cadeias produtivas verdes.
A iniciativa marca um novo capítulo no desenvolvimento econômico e ambiental do Nordeste, posicionando a região como protagonista da transição energética e da indústria limpa no Brasil.