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Controle emocional é essencial para bom desempenho no Enem, alerta professora de Psicologia

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Com a proximidade do Enem e de outros vestibulares, cresce a ansiedade entre os estudantes que se preparam para enfrentar um dos momentos mais decisivos da vida acadêmica. O desafio vai muito além de dominar os conteúdos cobrados nas provas: envolve também o preparo emocional para lidar com a pressão, o cansaço e as expectativas.

A professora Catiane Morales, do curso de Psicologia da Estácio, explica que cuidar da mente é tão importante quanto revisar as matérias.

“São exames extensos, com alto grau de exigência e que costumam representar um marco decisivo na trajetória de quem os realiza. Diante disso, é fundamental pensar em estratégias que tornem esse momento menos traumático, mais proveitoso e com melhores resultados”, afirma.

Ansiedade e pressão afetam o desempenho

Segundo a docente, provas de grande repercussão tendem a gerar ansiedade, estresse e cobranças excessivas, fatores que podem comprometer o rendimento do candidato.

“Reconhecer os próprios limites é uma das dicas mais importantes. Dedicar-se aos estudos com antecedência é essencial, mas também pode ser exaustivo. É importante valorizar o próprio esforço e respeitar os sinais de cansaço, intercalando os estudos com momentos de lazer e descanso. O cuidado deve ser para não inverter a lógica e acabar procrastinando, o que gera desespero na reta final”, orienta.

Planejamento e equilíbrio são aliados

Catiane recomenda que os estudantes mantenham uma rotina equilibrada de estudos e descanso.

“Crie um planner com horários dedicados ao estudo, às tarefas diárias, ao lazer e ao descanso. Tente seguir esse planejamento com disciplina, mas com realismo: metas inalcançáveis tendem a gerar frustração. Por isso, defina objetivos compatíveis com sua rotina e com o tempo que você leva para absorver os conteúdos”, aconselha.

Cuidado com o uso excessivo das redes sociais

A especialista também chama atenção para o impacto do consumo exagerado de redes sociais.

“O consumo constante de conteúdos curtos treina o cérebro para períodos curtos de atenção, o que pode prejudicar o desempenho em provas longas como o Enem”, alerta.

Treinar a mente é tão importante quanto revisar o conteúdo

A professora faz uma analogia interessante para explicar a importância do preparo mental:

“O cérebro humano possui uma plasticidade admirável, a capacidade de se adaptar e aprender. Pense nele como um músculo: se você não pratica musculação, suporta apenas cargas leves e sente dores após o esforço. O mesmo vale para a mente. Para enfrentar uma prova exigente, é preciso treinar a concentração e a leitura. Uma sugestão é incluir leituras prazerosas na rotina de lazer, tornando esse hábito uma recompensa pelos momentos de estudo”, diz.

Sono, alimentação e exercício também fazem diferença

Outros fatores determinantes para o bom desempenho são a alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios físicos e boas horas de sono.

“Dormir bem é parte essencial do processo de consolidação da memória e do aprendizado. Aposte no equilíbrio entre essas práticas. Chegar preparado, sem se submeter a altos níveis de estresse e cobrança, aumenta a confiança e reduz o risco de nervosismo extremo ou crises de ansiedade”, finaliza.

Plataformas para reforçar os estudos na reta final

Quem deseja revisar o conteúdo e treinar para o Enem tem à disposição diversas plataformas gratuitas:

  • Enem Action – oferece simulados, e-books, planos de estudo e avaliação de redações;

  • Prisma, iniciativa do Instituto Yduqs em parceria com a QConcursos – reúne aulas teóricas, questões práticas e análises de desempenho, com mais de 155 mil estudantes cadastrados;

  • Enem na MatérI.A., da Estácio – combina o conhecimento de professores com recursos de Inteligência Artificial, transformando tendências das redes sociais em conteúdo educativo;

  • MEC Enem, do Ministério da Educação – traz simulados, trilhas de estudo, correção automática de redações e um assistente virtual para acompanhar o desempenho.

Com equilíbrio emocional, foco e boas estratégias, o estudante chega mais preparado — não apenas para a prova, mas também para os desafios da vida acadêmica que estão por vir.