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Divulgação
O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) denunciou, nesta quinta-feira (7), a falta de insumos e medicamentos em diversas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Teresina. Desde agosto, 51 das 93 unidades da capital já foram fiscalizadas, e o órgão aponta um cenário de desabastecimento e precariedade estrutural.
De acordo com o CRM, as vistorias constataram falta de medicamentos psicotrópicos, anti-hipertensivos (como losartana), antiparasitários, sulfato ferroso para gestantes e sinvastatina. As canetas de insulina, segundo o conselho, chegam em quantidades insuficientes para atender a toda a demanda.
“Faltam, por exemplo, medicações psicotrópicas, alguns anti-hipertensivos, antiparasitários, sulfato ferroso para gestantes e sinvastatina. As canetas de insulina chegam, mas em quantidade insuficiente”, informou o CRM em nota.
Entre as unidades com problemas, o CRM cita:
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UBS Marlene de Moura Fé (Parque Ideal): falta de insumos;
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UBS Dr. Manoel Ayres (Parque Wall Ferraz) e Dr. Antônio Benício Freire e Silva (Santa Maria): falta de medicamentos;
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UBS Antônio Noronha de Pessoa Filho (Parque Brasil) e Dr. Mariano Mendes (Monte Alegre): escassez de medicamentos e insumos.
Além do desabastecimento, o Conselho destacou problemas estruturais graves, como na UBS Dep. Alberto Monteiro, no Povoado Soinho, onde portas e janelas estão cobertas com papelão, e na UBS Dr. Helvídio Ferraz (Todos os Santos), que não apresenta estrutura adequada nem estoque de medicamentos. Também foi observada falta de materiais para exames de citologia, com kits incompletos ou ausentes.
O CRM informou ainda que vai concluir um levantamento completo sobre a situação de todas as UBSs de Teresina. O relatório será apresentado aos gestores municipais, ao Ministério Público Estadual (MP-PI) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) para que sejam tomadas as devidas providências.
“As UBSs devem estar estruturadas, pois são a porta de entrada da população que busca prevenção, cuidado e solução para diversas doenças. Quando a atenção básica funciona, evita-se a sobrecarga na média e alta complexidade”, reforçou o CRM.
O relatório final com os resultados das fiscalizações deve ser concluído no início de 2026.
Nota da Fundação Municipal de Saúde (FMS)
Em resposta, a FMS de Teresina afirmou que a nova gestão recebeu a rede de saúde em estado crítico, com problemas estruturais, organizacionais e de abastecimento, o que levou o prefeito Sílvio Mendes a decretar estado de emergência no início do ano.
A fundação informou que foram criados planos de ação a curto, médio e longo prazo e que pequenas reformas, reabertura de consultórios odontológicos, farmácias e salas de vacina, além da implantação do projeto Telenordeste e do telelaudo para exames de eletrocardiograma, estão entre as medidas já implementadas.
Sobre os medicamentos, a FMS afirmou que iniciou requisições administrativas e processos de licitação emergenciais para regularizar o fornecimento e destacou que a equipe técnica segue mobilizada para superar os desafios e fortalecer a atenção básica no município.