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Vírus “Maverick” se espalha pelo WhatsApp Web e rouba dados bancários de usuários brasileiros
Divulgação
Um novo vírus digital batizado de “Maverick” vem se espalhando pelo WhatsApp Web desde setembro e já infectou mais de 60 mil computadores no Brasil, segundo dados da empresa de cibersegurança Kaspersky. O malware tem como alvo clientes de bancos brasileiros e corretoras de criptomoedas, de onde tenta roubar senhas e credenciais de acesso.
De acordo com as análises das empresas Kaspersky e Sophos, o ataque começa com o download de um arquivo compactado (.zip) que contém um atalho (.lnk). Ao executar o arquivo, o usuário ativa o código malicioso, que passa a controlar o navegador, acessar o WhatsApp Web e reenviar automaticamente o mesmo arquivo infectado para todos os contatos da vítima.
O programa foi escrito com comentários em português e possui características específicas para o público brasileiro, como a ativação apenas em computadores que tenham o caractere “ç” no teclado e data configurada no formato do Brasil. A mensagem enviada pelo vírus normalmente diz:
“Visualização permitida somente em computadores. Caso esteja utilizando o Chrome, poderá ser solicitado para manter o arquivo por se tratar de um arquivo zipado.”
O vírus não afeta celulares — ele age exclusivamente em computadores. Sua principal função é exibir telas falsas de instituições financeiras quando o usuário tenta acessar sites de bancos, simulando mensagens de segurança e pedindo o preenchimento de dados pessoais e senhas. Assim, as informações são capturadas e enviadas para os servidores controlados pelos criminosos, sem deixar rastros no computador.
Segundo o analista da Kaspersky, Anderson Leite, o Maverick utiliza uma ferramenta de automação chamada Selenium, que faz com que o WhatsApp interprete o acesso como legítimo.
“Quando a vítima entra no site do banco, o vírus congela a tela do computador e mostra uma mensagem falsa, como se fosse o banco pedindo as credenciais. Dessa forma, o Maverick rouba os dados sem precisar varrer o computador infectado”, explicou Leite.
O malware foi identificado pela Trend Micro no último dia 3 de outubro, após relatos de usuários nas redes sociais. A Kaspersky e a Sophos já atualizaram seus sistemas de antivírus para bloquear o arquivo .zip usado na infecção.
A Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, afirmou que trabalha constantemente para tornar a plataforma mais segura e reforçou o uso da criptografia de ponta a ponta e de mecanismos que ajudam o usuário a identificar mensagens suspeitas.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) também se manifestou, afirmando que o sistema bancário nacional conta com robustas estruturas de segurança, incluindo mensageria criptografada, autenticação biométrica, tokenização e inteligência artificial em seus processos de monitoramento.
Ainda segundo especialistas, o Maverick compartilha trechos de código com outro vírus brasileiro, o Coyote, descoberto em 2024. A semelhança indica que os dois programas podem ter sido criados pela mesma quadrilha ou por grupos relacionados.
🔒 Como se proteger do vírus Maverick
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Desative downloads automáticos no WhatsApp para evitar a abertura acidental de arquivos.
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Não abra anexos imediatamente — confirme com o remetente se o envio foi intencional.
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Mantenha o antivírus atualizado em todos os dispositivos.
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Desconfie de mensagens suspeitas, especialmente as que solicitam permissões em navegadores.
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Evite transferir arquivos pessoais em dispositivos corporativos.
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Apague os arquivos baixados caso suspeite de infecção, pois o vírus é reativado sempre que o computador é ligado.
Com a rápida disseminação do Maverick, especialistas reforçam a importância da atenção redobrada com arquivos recebidos por mensageiros e a atualização constante dos sistemas de segurança para evitar prejuízos financeiros e exposição de dados pessoais.