Polícia

Foragido da Justiça por feminicídio é preso em Teresina

Divulgação

A Diretoria de Operações Policiais (DEOP) prendeu, na manhã desta terça-feira (16), um homem identificado como Renan Moraes, de 38 anos, que estava foragido do estado de São Paulo, suspeito de feminicídio contra a ex-esposa, a professora Taciana Maria da Conceição, de 32 anos. O crime ocorreu na cidade de Guarulhos (SP) e teve como testemunha a filha do casal, de apenas 8 anos.

A prisão foi realizada em um posto de combustíveis na Avenida Duque de Caxias, zona Norte de Teresina, onde o suspeito estaria trabalhando.

De acordo com as investigações, o crime aconteceu em novembro deste ano. A polícia foi acionada após moradores relatarem disparos de arma de fogo e ouvirem os gritos da criança, que afirmou ter visto a mãe ser morta dentro de casa com quatro tiros de pistola.

Segundo o delegado Tales Gomes, da DEOP, o casal estava separado e Taciana não desejava retomar o relacionamento. Mesmo assim, ela teria permitido que Renan fosse até sua residência para conversar. Durante o encontro, após colocar a filha para dormir, o suspeito efetuou os disparos que mataram a professora ainda no local.

“Ele foi até a residência onde a ex-companheira morava, teve a entrada permitida, colocou a filha para dormir e, durante uma conversa, efetuou quatro disparos de arma de fogo contra a vítima. Desde então, fugiu e se refugiou no Piauí. Intensificamos os levantamentos e conseguimos localizá-lo trabalhando em um posto de combustíveis em Teresina”, explicou o delegado.

Ainda conforme a polícia, na noite anterior ao crime, Renan teria publicado fotos nas redes sociais ingerindo bebidas alcoólicas em um show. Na madrugada seguinte, foi ao encontro da ex-companheira. Após cometer o crime, fugiu do local.

O suspeito é natural da Paraíba e já havia morado em Teresina entre os anos de 2014 e 2015. Ele possui irmãos e outros parentes na capital piauiense, que, segundo a investigação, podem ter facilitado sua permanência no estado. “Vamos apurar se essas pessoas tinham conhecimento do crime. A princípio, apenas o vínculo familiar não configura ilícito penal”, acrescentou Tales Gomes.

Renan Moraes será encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.