"Quem estiver recebendo terá acesso a todo o valor instantaneamente, mas quem estiver pagando poderá parcelá-lo", explicou o Banco Central em nota oficial. A funcionalidade poderá ser aplicada a qualquer transação Pix, incluindo transferências entre pessoas físicas e pagamentos comerciais.

Além do Pix Parcelado, o BC anunciou uma inovação no Mecanismo Especial de Devolução (MED), que passará a contar com um sistema de autoatendimento digital a partir de 1º de outubro. A ferramenta será utilizada exclusivamente em casos de fraudes, golpes e crimes financeiros, permitindo que os usuários contestem transações diretamente pelo aplicativo do banco, sem a necessidade de contato com o atendimento da instituição financeira.

"Ela não pode ser usada para desacordos comerciais, casos envolvendo terceiros de boa-fé e envio de Pix para a pessoa errada por erro do próprio usuário pagador (como erro de digitação de uma chave). Por ela, será possível também consultar o status e a evolução dos pedidos de devolução efetuados", informou o BC.

Outra novidade relevante, prevista para 2026, é o Pix em garantia, que possibilitará o uso de recebíveis futuros do Pix como garantia em operações de crédito. Esse recurso será voltado para empresas e tem como objetivo baratear o crédito disponível para negócios, mas não será disponibilizado para pessoas físicas devido à sua complexidade operacional.

Na quarta-feira, 2, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já havia adiantado algumas dessas inovações, incluindo o Pix Parcelado e o Pix como garantia, porém sem detalhar as datas e os mecanismos de implementação.

Com essas atualizações, o Banco Central reforça o compromisso de tornar o Pix ainda mais acessível, funcional e seguro, consolidando sua posição como uma das principais ferramentas de pagamento no Brasil.