Polícia

Defesa de vereadora Tatiana Medeiros pede prisão domiciliar urgente por quadro de saúde mental grave

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A defesa da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa preventivamente desde o dia 3 de abril no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG), protocolou um pedido de prisão domiciliar urgente junto à Justiça Eleitoral. O argumento central é o grave estado de saúde mental da parlamentar, diagnosticada com transtorno depressivo severo, sintomas psicóticos e ideação suicida recorrente.

De acordo com o advogado Francisco Medeiros, o principal objetivo é preservar a integridade física e psíquica de Tatiana. “Nosso requerimento é nesse sentido: que ela seja tratada. O que pedimos é a prisão domiciliar ou, se a Justiça entender como mais adequada, a internação em clínica especializada. Mas o ponto principal é que ela não pode continuar no QCG nessas condições”, afirmou.

A solicitação se fundamenta em três laudos psiquiátricos, anexados ao processo, que atestam a gravidade do quadro clínico da vereadora. Os documentos relatam sucessivas crises dentro da unidade prisional, sendo a mais grave registrada recentemente e que levou à necessidade de atendimento de urgência no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

“Ela já teve pelo menos seis crises lá dentro. Sai, vai para o hospital, volta, e tem outra crise. Não está havendo estabilização. Isso nos preocupou bastante”, explicou o advogado.

A defesa alega que o pedido está juridicamente amparado no artigo 318, inciso II, do Código de Processo Penal, que prevê a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar em casos de doença grave. Também são citados princípios constitucionais, como o respeito à dignidade da pessoa humana e o direito à saúde.

Tatiana Medeiros é ré em uma Ação Penal Eleitoral, onde responde a acusações de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Mesmo com a gravidade do caso, a defesa ressalta que o andamento do processo está garantido e sendo acompanhado normalmente.

“Ela tem defesa constituída, vai responder ao processo. Mas nesse momento o que precisa ser garantido é que ela não morra no cárcere. É disso que estamos falando”, destacou Francisco Medeiros.

O pedido foi protocolado na última sexta-feira (23) e aguarda decisão da Justiça Eleitoral.