-
Homem é preso após tentar furtar picanha em supermercado de Teresina
-
Bombeirinho” é preso em operação do Denarc com drogas encontradas no quarto do filho
-
Homem é preso após comprar carro de R$ 120 mil com Pix falso no Piauí
-
Mulher é agredida e estuprada após aceitar carona em Campo Maior
-
Advogado é preso em flagrante suspeito de agredir namorada em Teresina

Divulgação
Um servidor da Prefeitura Municipal de Parnaíba foi exonerado após a divulgação de um áudio atribuído a ele com mensagens de teor sexual e ameaças direcionadas à deputada estadual Gracinha Mão Santa (Progressistas). O material circulou nas redes sociais na quinta-feira (10) e causou forte comoção.
O servidor ocupava o cargo de coordenador de turno de iluminação pública, vinculado à Secretaria de Infraestrutura, Habitação e Regularização Fundiária. A exoneração foi determinada pelo prefeito Francisco Emanuel (Progressistas) e publicada no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira (11).
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito repudiou veementemente as falas criminosas contra a deputada. Francisco Emanuel esclareceu que, além da exoneração do servidor, o empresário mencionado no caso não possui nenhum vínculo com a atual gestão.
“Aproveito para esclarecer que esse empresário não tem nenhum vínculo com a gestão atual e venho dizer que nós não compactuamos de forma alguma com nenhum tipo de crime, com nenhuma exposição às mulheres. O servidor, que fazia parte da gestão, foi exonerado mostrando o nosso compromisso com o respeito”, declarou o prefeito.
A deputada Gracinha Mão Santa reagiu com firmeza. Em carta aberta dirigida à população de Parnaíba, ela classificou o episódio como parte de um “plano macabro” para silenciá-la politicamente. Segundo a parlamentar, o áudio revela uma trama de sequestro, estupro e morte.
“Tramaram friamente, com palavras chulas, repugnantes, um plano de sequestro, estupro e morte contra mim. Sim, isso mesmo! Um plano para me calar de forma violenta, covarde e animalesca”, escreveu.
Ela ainda relatou que seus pais foram alvo de vigilância suspeita dias antes da divulgação do áudio e cobrou uma investigação rigorosa para identificar todos os responsáveis.
A repercussão do caso mobilizou também a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), que emitiu uma nota de repúdio. No documento, a Mesa Diretora da Alepi expressa solidariedade à deputada e reforça que o episódio representa um ataque não apenas a uma parlamentar, mas a todas as mulheres.
“É inadmissível que, em pleno século XXI, mulheres continuem sendo alvo de intimidações e agressões — físicas, verbais ou simbólicas — em razão de seu gênero ou papel público”, diz a nota.
A Alepi também cobrou punição exemplar aos envolvidos e reforçou seu compromisso com a luta pelo respeito às mulheres e contra qualquer forma de violência.
O caso está sendo investigado pelas autoridades policiais, que já identificaram os autores das declarações como dois homens conhecidos na cidade: um ex-suplente de vereador e outro prestador de serviços à Prefeitura.
Gracinha Mão Santa afirmou que não irá se intimidar e seguirá com suas denúncias e atividades parlamentares. Ela destacou ainda que sua motivação em tornar o áudio público foi não apenas por sua própria segurança, mas por todas as mulheres que enfrentam ameaças e tentativas de silenciamento.